
Será que sim?
Ou permanece dormente imóvel ao que se passa em seu redor?
Passou-se mais de um ano desde que resolveu entrar em hiato e procurar entrar em contacto com algo que o fizesse ser humano.
"Flirtou", riu, chorou, namorou, foi feliz, tornou-se miserável, teve grandes actos de coragem onde mais tarde foi acusado de não terem passado actos de triste cobardia, bebeu conhecimento, serviu sabedoria, comeu um prato recheado de dor e alegria. Conheceu novos animais que o levaram a entrar em contacto com um lado mais selvagem de viver, tornou-se ainda mais visceral, mais duro, mais áspero, mais forte... e na sua ânsia de ser "mais" também se viu obrigado a acolher o seu lado mais fraco, mais terno, mais gentil, mais profundo.
O alarme toca, volta-se e revolta-se na cama, esfrega os olhos, e abrindo-os devagar, com receio da dor que a luz lá fora lhe irá provocar, cambaleia taciturnamente para a janela coçando a cabeça, ainda com dúvidas se devia estar a pé ou não.
Com um último esforço, e um gutural resmungo, repara que não havia motivo de preocupações para tal...
Era noite.
O Meta acordou.